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Inflação de março é a maior para o mês desde o início do Plano Real

72% da alta dos preços foi provocada pelos combustíveis e alimentos


Reprodução Finaplus


Em quase 30 anos, não se via uma elevação de preços tão alta para um mês de março. No período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 1,62%, ou seja, 0,61 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de fevereiro (1,01% m/m). Essa é a maior variação para o mês desde 1994. No ano, a inflação já acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%. Na comparação com março de 2021, a variação mensal foi 0,93%.


Vale ressaltar que o resultado foi bastante acima do esperado pelo mercado (Consensus), de 1,3% no mês e pela projeção do Trading Economics de 1,1% m/m.


Os itens cujos preços são administrados por contratos (monitorados) têm sido os principais responsáveis pela aceleração na inflação. Neste grupo, destaca-se o aumento dos preços dos Transportes - variação de 3,02% no mês e o maior impacto (0,65 p.p.) -, que aceleraram na comparação com o resultado de fevereiro (0,46%).


O resultado do grupo Transportes (3,02%) foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços dos combustíveis (6,70%), em particular, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual (0,44 p.p.) no índice do mês. Além disso, houve altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%). Os dois últimos contribuíram conjuntamente com 0,06 p.p. no IPCA de março. Além dos combustíveis, a aceleração também esteve relacionada à alta nos preços dos transportes por aplicativo (7,98%), do seguro voluntário de veículo (3,93%) e do conserto de automóvel (1,47%).


Na sequência, veio o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 2,42% no mês e 0,51 p.p. de impacto. A razão da subida nos preços foi, principalmente, a alta nos preços dos alimentos para consumo no domicílio (3,09%), cuja maior contribuição dentro do grupo foi do tomate (27,22% m/m). Além disso, foram registradas altas em diversos produtos, como a cenoura (31,47%), que acumula alta de 166,17% em 12 meses, o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%), as frutas (6,39%) e o pão francês (2,97%).


Além deles, houve registro de aumento também no Vestuário (1,82% m/m), Habitação (1,15% m/m), Saúde e cuidados pessoais (0,88% m/m), Educação (0,15% m/m) e Despesas pessoais (0,59%). A única queda foi registrada em Comunicação, com -0,05% m/m.


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